Presidente Lula confirma ida à aldeia Piaraçu para encontro com Raoni e lideranças indígenas do Xingu
A visita do presidente no território é esperada desde o ano retrasado, quando aconteceu o evento “O Chamado do Cacique Raoni” e o presidente não compareceu
Na próxima sexta-feira, dia 4 de abril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará presencialmente na Terra Indígena Capoto Jarina, na aldeia Piaraçu, no Mato Grosso, para conversar com lideranças indígenas que vivem na TI Capoto Jarina e no Parque Indígena do Xingu, entre elas o Cacique Raoni, uma das mais importantes lideranças ambientais do país.
Os temas abordados deverão ser mudanças climáticas, segurança alimentar, garimpo ilegal, demarcação de territórios e o fortalecimento cultural. O encontro está sendo viabilizado pelas lideranças Kayapó, o Instituto Raoni e seus parceiros, juntamente com apoio da Amigos da Terra – Amazônia Brasileira.
A visita oficial do presidente na aldeia indígena é esperada desde junho de 2023, quando mais de mil pessoas atenderam ao “Chamado do Cacique Raoni”, participando do evento no território. Na ocasião, Raoni chegou a gravar um vídeo pedindo que o presidente fosse até o local conversar com as lideranças. “Você me disse que conversaríamos sobre as terras que não foram demarcadas, e eu não esqueci isso”, disse ele no dia 26 de julho.
Na ocasião, a assessoria da presidência da república afirmou que Lula não iria ao evento devido a um “procedimento de saúde” para aliviar dores no quadril, mas reforçou os compromissos do presidente em relação a defesa dos povos originários.
O evento de 2023 contou com a participação da ministra dos Povos Indígena, Sônia Guajajara, da presidente da Funai, Joênia Wapichana e terminou com um manifesto assinado por lideranças que pediam medidas para a proteção dos povos originários e conservação do planeta. “Os espíritos da terra estão ficando furiosos. Quantos manifestos, cartas e protestos serão necessários para que vocês tomem uma atitude humana para proteger o planeta e as futuras gerações? “, questionava o documento.